terça-feira, 28 de junho de 2011

Universitários e vida noturna: diversão ou transgressão?




Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revela que cerca de 25 por cento dos universitários abusam das bebidas alcoólicas. E, apesar de beber exageradamente, a grande maioria desses estudantes acha que o uso do álcool não é excessivo ou problemático, o que pode levar a drásticas consequências.
     
     "Esses 25 por cento bebiam até chegar ao ponto da embriaguez. Isso mata mais do que as complicações crônicas do alcoolismo, como a cirrose", disse a professora Florence Kerr-Corrêa, uma das coordenadoras do estudo.
     
     Inicialmente, os pesquisadores analisaram questionários respondidos por 3.648 estudantes matriculados na Unesp. Deste total, eles verificaram que 916, ou cerca de 25 por cento, consumiam bebidas alcóolicas acima do normal e decidiram analisar apenas 318 alunos.
     
     O surpreendente, segundo ela, é que os universitários não achavam que estavam ingerindo grandes quantidades de álcool diariamente ou ocasionalmente. Cada estudante foi informado, individualmente, que havia sido selecionado por estar entre os 25 por cento que mais bebiam na universidade. A informação foi recebida com surpresa pela maioria.
     
     "O problema não fica apenas nisso. Quando os universitários bebem, eles se drogam, fazem sexo sem proteção e correm mais riscos de morrer em acidentes de trânsito", afirmou a pesquisadora à Reuters.
     
     Quase 83 por cento dos entrevistados bebiam com amigos e o principal incentivo para deixar de beber, para cerca de 22 por cento deles, era o fato de economizar mais dinheiro.
     
     Apesar dos estudantes do sexo masculino serem os mais vulneráveis ao abuso do álcool, as meninas fazem parte do grupo de risco e, de acordo com os pesquisadores, isso se deve ao fato de estarem morando longe dos pais e quererem provar mais da liberdade.

O fato é que para os adolescentes tudo isso é sinônimo de diversão, tudo em prol do prazer, mesmo que isso signifique cometer excessos e por fim, provocar arrependimentos.


Imagem 1: Festa Universitária Camaleon na Boate Red Music/repchacrinha.com.br
Imagem 2: Inauguração da Boate Acapulco/nabraquiara.com

Fonte: 24horasnews.com.br

terça-feira, 21 de junho de 2011

QUANDO AS COISAS VIRAM DE PERNAS PRO AR: EXPERIÊNCIA E APRENDIZADO!


Hermman e seus amigos em festa unviersitária

Em conversa com este blogueiro, o ex-calouro da Universidade de Mato Grosso, Hermman Oliveira Silva Salvatto, natural de Presidente Prudente, São Paulo, avalia a sua experiência em Barra do Garças e fala abertamente sobre as suas dificuldades de adaptação e as razões que o levaram a desistir do curso de Jornalismo na UFMT - Campus do Araguaia.

Lázaro: Quais as razões o levaram a escolher a~cidade de Barra do Garças e a UFMT para cursar Jornalismo?
Hermman: Fui por impulso, achei que se eu não entrasse na faculdade esse ano, minha vida perderia o sentido. Não pensei em tudo o que envolveria essa mudança, ainda mais num lugar onde eu nunca nem tinha ouvido falar.

Lázaro: E como foi a sua adaptação na cidade?
Hermman: Isso nao aconteceu, eu achei que eu estivesse adaptado já no primeiro mês, mas no segundo mês, tudo ficou ruim. Eu deixei de ser turista e "tentei" ser morador.

Lázaro: Quais foram as suas maiores dificudlades de adaptação?
Hermman: Custo de vida, clima, alimentação, as burocracias e os atrasos da cidade.
Lázaro: Atrasos em quê sentido?
Hermman: Em comparação ao que eu sempre vivi aqui em São Paulo. O que a Barra tem de melhor são as pessoas e as belezas naturais.

Lázaro: O que levou a desistir do que seria "um sonho"?
Hermman: Não vejo como desistência, vários fatores me levaram a voltar pra casa. Eu não conseguia mais achar prazer na faculdade, as condições financeiras já estavam me sufocando, não consegui as bolsas, e pra piorar com tudo, fiquei doente. Nesse "ficar doente" aconteceu o seguinte: fui ao médico pelo menos uma vez por semana no mês de Maio, e a cada dia me diziam uma doença diferente. Isso fez com que minha cabeça pirasse. Gastei horrores com remédios e a situação só piorou. Na última consulta, dois dias antes de eu voltar pra SP, o médico me disse que eu estava com duas doenças: sarna e infecção de pele. Perdi totalmente o chão. Até comecei a tomar os remédios, mas liguei para os meus pais e, chorando, desesperado, expliquei tudo o que eu estava vivendo ou melhor, sofrendo (financeira, física e psicologicamente). O que mais me tirou do MT foi a questão da saúde mesmo, pois se eu realmente estivesse com sarna eu não poderia mais ter contato com quase ninguém. E como esse tratamento é horrível, meus pais também me aconselharam a consultar com um médico de confiança aqui na minha cidade, já que nenhum "profissional da medicina" do MT conseguiu diagnosticar o que eu tinha. Só pra concluir essa questão da minha saúde: não era sarna, e sim, intoxicação alimentar.
Lázaro: Compreendo. Para concluir, como você avalia essa experiência?
Hermman: Duas palavras: Experiência e aprendizado. Tudo o que me aconteceu foi mais do que importante para omeu crescimento, me fez refletir mais sobre certas decisoes da minha vida.Depois de ter voltado, me vejo na obrigação de jamais agir por impulso em relação a decisões importantes.
Lázaro: Obrigado pela atenção, tenho certeza de que você alcançará seus objetivos e que esta experiência lhe servirá de suporte para seguir os seus caminhos com a convivção de que estará na direção certa. Vá em frente!
Hermman: Obrigado, sinto saudades de todos!